A três dias de iniciar as disputas das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-PR, o Palmeiras se viu obrigado a dar satisfações sobre um possível pedido de saída do técnico Antônio Carlos Zago. Segundo o “Painel”, do jornal “Folha de S. Paulo”, o técnico chegou a entregar o cargo, ainda nos vestiários, depois da derrota por 3 a 1 para o Paulista, em Jundiaí, mas acabou sendo demovido da ideia pelo elenco alviverde.
De acordo com Gilberto Cipullo, vice de futebol do Alviverde, em nenhum momento o treinador conversou com membros da diretoria para deixar o comando. O que houve, contou o dirigente, foi uma conversa áspera de Zago com seus jogadores, onde ele teria dito “assim não dá (para continuar)" por causa dos resultados ruins do time.
- O treinador entrega o cargo para a diretoria e isso não aconteceu em momento algum. No intervalo, ele chamou a atenção do grupo e provavelmente usou essa terminologia do “assim não dá”. O Palmeiras jogou mal. Ele tinha desenhado o time taticamente de uma forma e os jogadores acabaram não cumprindo. Essa versão que tem, ele não entregou o cargo e isso não é correto – salientou Cipullo.
Apesar de o dirigente afirmar que não houve pedido de saída, há correntes fortes da oposição palmeirense se manifestando contrariamente ao treinador, alegando que Zago usa sempre o discurso da falta de tempo para treinar e do fato de não ter montado a equipe. No Estadual, o clube fechou a competição na 11ª posição, bem longe da zona de classificação à semifinal.
Nesta segunda-feira, Zago comandou um treino fechado no Palestra Itália, visando a partida de quinta, contra o Atlético-PR, no Palestra Itália. Segundo Cipullo, o que falta ao Palmeiras e ao treinador é uma sequência de vitórias para engrenar e negou que um resultado ruim em casa possa complicar a situação do treinador no clube.
- Cobrança sempre tem no Palmeiras. Entendemos que parcela de culpa dele no Paulista, se houve, foi mínima, pois pegou o time no meio e teve problemas de contusões. Esse jogo com o Atlético-PR será importante para dar confiança para a equipe, mas não para sequência de trabalho do treinador.
Gualberto
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