Ainda faltam seis rodadas para o término da fase de classificação do Campeonato Paulista. E, ao menos que ocorra uma surpresa muito grande na reta final, São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos seguirão adiante no torneio. Apesar de ainda ser difícil fazer algum tipo de previsão, o chileno Valdivia não tem dúvida: para o torcedor alviverde, seria fantástico poder eliminar o Tricolor do estadual.
- É difícil saber o que vai acontecer porque falta ainda muito tempo pela frente. É lógico que o Corinthians é o clássico, é o dérbi, mas pelo que vejo, da minha primeira passagem até agora, Palmeiras e São Paulo virou uma luta mesmo, uma guerra - disse Valdivia, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, na Academia de Futebol.
O Mago é ídolo da torcida palmeirense por uma série de atitudes irreverentes. Uma delas envolve uma eliminação justamente sobre o São Paulo. Foi no Campeonato Paulista de 2008. No segundo jogo da semifinal entre Verdão e Tricolor, Valdivia fez o gol que sepultou as chances de classificação dos são-paulinos e saiu comemorando como se estivesse pedindo para a torcida rival fazer silêncio. Detalhe: o gesto foi na cara de Rogério Ceni, o maior ídolo do São Paulo.
Apesar de já sonhar com um novo mata-mata contra o Tricolor, Valdivia prega a política de pés no chão para que o time não perca o foco nesta reta final da primeira fase do Paulistão.
- Temos de pensar em etapas. A primeira delas é garantir um lugar entre os oito. Depois, é buscar a primeira colocaão, para ter vantagem nas próximas fases. Se vai ser Corinthians, São Paulo, Mirassol, seja quem for, o pensamento é ganhar e dar alegria de novo para o nosso torcedor - afirmou o chileno.
E, falando em São Paulo, o Mago relembrou a polêmica vivida com o zagueiro Alex Silva, com que trocou acusações. Após a partida, o gringo disse que o camisa 3 "falava demais". O beque tricolor, por sua vez, usou o twitter para chamar o camisa 10 alviverde para "briga na rua".
- Ele tem o direito de 'tuitar' como eu tenho o direito de falar. Falo muito pouco, gosto mesmo é de jogar, tenho certeza que jogador tem de falar dentro de campo, fora é para quem tem pouco futebol. Acho o Alex um ótimo jogador, o conheço há muito tempo e acabou. Se tiver que se encontrar na rua, não vou fugir porque não sou bandido e nem ladrão. Mas acredito que não tem problema, a profissão é assim, eu defendo o meu e ele, o dele. Depois passa, a vida continua, não tenho mais o que falar do Alex - ressaltou.
Gualberto
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