Na sua primeira entrevista como candidato à presidência do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo falou sobre suas expectativas, caso consiga ser eleito.
O atual diretor de planejamento do Verdão também comentou a situação do atacante Kléber e a questão do patrocínio da camisa.
Confira abaixo a íntegra da entrevista concedida ao Abril.com:
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Abril.com – Caso seja eleito, o senhor pretende fazer uma administração muito diferente da que foi a de Afonso Della Monica?
Luiz Gonzaga Belluzzo – Temos um projeto de longo prazo e temos de dar continuidade aos projetos que já estão aí. As parcerias com a Traffic e WTorre, por exemplo, são ótimas para o clube e vão continuar. Aliás, deveriam continuar mesmo que eu não seja eleito.
Abril.com – Mas então não haverá novidade alguma?
Belluzzo – Quero aumentar o faturamento em marketing e patrocínio, que, aliás, já vem dando bons resultados. Pretendo dar início ao processo de modernização do clube, profissionalização das várias áreas, principalmente o lado social. Sem esquecer de impulsionar ainda mais as categorias de base, que é algo de fundamental para qualquer clube.
Abril.com – Tudo isso em dois anos? Ou você pretende ser reeleito?
Belluzzo - Dois anos só. Tenho a consciência que devo me contentar com os dois anos que posso ganhar nesta eleição.
Abril.com – E quanto ao marketing? O Palmeiras está mesmo próximo da Samsung?
Belluzzo – Temos duas propostas. Uma de renovação da Fiat e outra da Samsung. Até o começo da semana que vem devemos anunciar o resultado final. Elas têm valores e ideias muito próximas. São pequenas diferenças que vão definir.
Abril.com - Você concorda com Gilberto Cipullo ao dizer que os protestos da última segunda-feira tiveram bases políticas?
Belluzzo – A torcida uniformizada se manifesta assim mesmo e já tem esse hábito. Dentro da civilidade, não há problema nenhum. Agora, protestar contra a Traffic foi algo totalmente equivocado. A parceria no futebol é totalmente normal. Ninguém vive sem isso. Há uma pequena diferença entre o Palmeiras e os outros. Uns usam das parcerias implícitas, e o Palmeiras, explícita. Isso é resultado do novo mercado de futebol. Os clubes têm de aprender que há necessidade de parceria. Ninguém sobrevive sozinho. Nem os europeus. Eu me lembro que eles chegaram a protestar contra a Parmalat no início e depois ficaram mais calmos depois dos excelentes resultados.
Abril.com – E a novela Kleber? Vai acabar?
Belluzzo – Já foi enviada a garantia de pagamentos para o Dínamo de Kiev, e o fundo italiano vai nos ajudar a ficar com ele por mais um ano.
Abril.com – Que fundo italiano é esse? De onde apareceu?
Belluzzo – É um fundo que quer investir no futebol. Viram que o Palmeiras precisava de ajuda para contar com Kleber e resolveram investir. Eles vão comprar o jogador por US$ 8 milhões, colocá-lo em um clube italiano e depois nos emprestam por um ano. Desde que tudo isso seja feito na legalidade e com a concordância das normas da Fifa, nós toparemos.
Abril.com - Esse clima de eleição durante a preparação no clube pode atrapalhar o elenco?
Belluzzo - De jeito nenhum. Vai ficar tudo preservado. Isso não pode atrapalhar os jogadores, tem de ficar fora dos muros do CT. Seria uma impropriedade, para não dizer um crime contra o próprio clube, caso algo influenciasse nos jogadores. Temos jogos importantíssimos contra o Potosí (pela primeira fase da Liberadores) logo no início do ano e tudo vai continuar normal.
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