O palco estava montado para mais uma grande exibição do Botafogo de Ney Franco. A missão, porém, era dura: bater o forte e consistente Palmeiras de Luxemburgo. A atuação, tampouco a partida não foi tudo que alvinegros e alviverdes esperavam, mas o 1 a 0, gol de Zé Carlos, quase no finzinho, valeu o ingresso e, o principal, os três pontos para o Botafogo. É bom lembrar, no entanto, que o Palmeiras, retraído, não reeditou as últimas boas atuações.
Com o resultado, o Glorioso atingiu os 31 pontos e já está na sétima posição. Já o time paulista permanece com 34, em terceiro.
Na base da velocidade, as duas equipes começaram o jogo buscando o gol a todo custo. O Botafogo, por intermédio de Lucio Flavio, mais centralizado, e o Palmeiras, que contava com as investidas de Kléber, ora caindo pela direita, ora pela esquerda.
A correria era tanta que, em certas ocasiões, tinha-se a impressão de que o campo do Engenhão havia crescido. Aproveitando-se das falhas de marcação da defesa alviverde, o ágil Gil teve duas ótimas oportunidades. A primeira, desperdiçou por preciosismo, ao tentar driblar Marcos antes de finalizar. Depois, de cabeça, novamente parou nas mãos do goleiro.
Porém, o esquema proposto por Ney Franco, de liberar mais Diguinho e Túlio com a presença de Leandro Guerreiro, logo teve de ser desmontado, pois o escolhido do técnico sentiu dores na virilha e foi substituído por Zé Carlos.
Nos 20 minutos finais da primeira etapa, o Palmeiras até melhorou. Mas esbarrou na falta de calma para concluir e, principalmente, na raça dos jogadores alvinegros.
O panorama não mudou muito na segunda etapa. Veloz, o Botafogo conseguia criar boas jogadas, mas chutava muito mal a gol. Nem sequer Lucio Flavio se salvava nesse quesito. Nos contra-ataques, a equipe comandada por Luxemburgo incomodava cada vez mais. Só que pecava nos erros de passe no meio-de-campo, carente de um Valdivia mais incisivo.
Ney Franco pôs Fábio na vaga de Gil, em busca de uma referência na área. Mas foi Zé Carlos que surgiu por trás da zaga e abriu o placar, de cabeça, após cruzamento de Jorge Henrique, para delírio da torcida alvinegra, que encheu o Engenhão.
O Palmeiras, então, tentou uma reação, mesmo que tardia. Desordenado, não conseguia criar perigo para Castillo. O Glorioso ainda criou duas boas chances para ampliar, mas ficou só no 1 a 0. E de bom tamanho.
A próxima rodada, que marca o início do returno, indica para o Botafogo o confronto com o Sport, na Ilha do Retiro, enquanto o Palmeiras encara o Coritba, no Palestra Itália.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 1 X 0 PALMEIRAS
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 10/8/2008 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Asp. Fifa-RS)
Auxiliares: Altemir Haussman (RS) e Júlio César Rodrigues dos Santos (RS)
Renda/público: R$ 361.982,00 / 29.379 pagantes
Cartões amarelos: Diguinho (BOT); Valdivia, Élder Granja e Martinez (PAL)
Cartões vermelhos: -
GOL: Zé Carlos, 34´/2ºT
BOTAFOGO: Castillo, Thiaguinho (Lucas Silva, 35´/2ºT), Renato Silva, Andre Luis e Triguinho; Leandro Guerreiro (Zé Carlos, 15´/1ºT), Diguinho, Túlio e Lucio Flavio; Jorge Henrique e Gil (Fábio, 25´/2ºT) - Téc: Ney Franco
PALMEIRAS: Marcos, Élder Granja, Jéci, Gustavo e Leandro; Sandro Silva, Jumar (Pierre, intervalo) (Martinez, 16´/2ºT), Evandro (Diego Souza, 21´/2ºT) e Valdivia; Kléber e Alex Mineiro - Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gualberto
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