Há dez anos nas categorias de base do Atlético de Madrid-ESP, o ex-zagueiro Luís Pereira fez uma visita especial ao Palmeiras nesta sexta-feira, para rever amigos e trocar informações com o presidente Arnaldo Tirone e o vice Roberto Frizzo. Ídolo do Verdão nas décadas de 70 e 80, Luís Pereira é presidente do Atlético de Madrid B, que forma jovens valores para a equipe principal. No entanto, não esconde a vontade de trabalhar em seu clube de coração no futuro.
- É tudo questão de oportunidade. Muita gente fala que não se pode pegar um time como o Palmeiras por que não tem experiência, mas ninguém nasce com experiência. Isso se adquire. Quem foi jogador, trabalhou com muitos treinadores, muitos dirigentes e aprendeu um pouco com cada um. Eu joguei cinco anos no Atlético de Madrid e eles apostaram em mim para fazer um trabalho de base. Não seria possível eu sair de lá neste momento, mas claro que eu gostaria de fazer um trabalho assim no Palmeiras, pois, palmeirense que sou, sempre tentarei ajudar o clube – destacou Luís Pereira, em entrevista ao site oficial do Verdão.
Ainda que exerça um trabalho mais administrativo, o ex-zagueiro não é esquecido pelo que fez em campo. No Palmeiras, foi três vezes campeão nacional (1969, 72 e 73), bicampeão paulista (72 e 74), e três vezes campeão do Troféu Ramón de Carranza (69, 74 e 75). Por isso, Luís Pereira é referência máxima quando se fala em defensores de sucesso na Academia de Futebol.
- Eu fico muito feliz com isso. É uma alegria muito grande. Demonstra que o que plantei jogando no Palmeiras, estou colhendo até hoje. Esse tipo de elogio é fruto do meu trabalho, da minha vontade, do amor por aquilo que eu fazia. Lá na Espanha também se fala que não existe um zagueiro como Luis Pereira. É uma emoção muito grande para mim. E tomara que nunca haja mesmo, pois assim sempre vão lembrar de mim – afirmou o ídolo.
Mesmo de longe, ele segue acompanhando o Palmeiras em todos os campeonatos. Luís Pereira confia no trabalho de Luiz Felipe Scolari, mas pede comprometimento aos jogadores para que o Verdão mantenha a boa campanha no Campeonato Brasileiro. Até agora, são 14 pontos em sete jogos, e a terceira posição na tabela.
- O Palmeiras tem um grande treinador, pelo qual tenho uma admiração muito grande, mas treinador não ganha jogo ou campeonato. Ele ajuda, mas quem ganha são os jogadores. E o que espero é que os jogadores tenham a consciência de vestir a camisa do Palmeiras como a segunda pele. Não adianta jogar hoje aqui, beijar o escudo e depois fazer o mesmo em outro clube. Se está aqui, beije esse escudo, honre-o e sacrifique-se ao máximo – aconselhou Pereira.
Gualberto
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