Palmeiras e Ponte Preta disputam neste domingo, às 16 horas, o segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista e tentam acabar com um incômodo jejum. Para isso, os finalistas se apegam às lembranças positivas do palco escolhido para a final: o estádio do Parque Antártica, alvo de grande polêmica principalmente depois da vitória do Verdão na semifinal contra o São Paulo.
No Palmeiras, o técnico Wanderley Luxemburgo nunca foi derrotado no Palestra Itália em um jogo de Campeonato Paulista e detém o melhor retrospecto da história comandando o Alviverde no Jardim Suspenso, com 84 vitórias, 13 empates e somente quatro derrotas em 101 partidas.
O treinador foi, inclusive, o último comandante campeão estadual pelo Verdão, em 1996. Com 108 anos de história, a tradicional Macaca busca uma conquista inédita na história e ainda retorna ao Parque Antártica, onde ganhou seu principal título, a divisão de acesso paulista de 1969 em um quadrangular contra Linense, Francana e Noroeste.
Apesar das semelhanças do passado, a vantagem do confronto é toda do Palmeiras, que pode até perder por um gol de diferença para ser campeão. Mesmo assim, o time da capital paulista promete manter o respeito ao rival de Campinas.
“Precisamos tomar cuidado, pois a Ponte não está morta. Já mostrou que é forte fora de casa. Aumentamos a vantagem, mas precisamos entrar em campo e jogar uma partida com espírito de final”, decreta o experiente Wanderley Luxemburgo, que busca o oitavo título estadual da carreira. Já a Ponte Preta sabe que entra como azarão no domingo, mas ainda acredita em uma virada. O técnico Sérgio Guedes tem insistido em conversas e métodos motivacionais para recuperar o ânimo de seus atletas após a derrota no jogo de ida em casa.
“Temos que assumir a responsabilidade de que será difícil fazer dois gols e não tomar nenhum no Parque Antártica. O psicológico deve ser bem trabalhado, precisamos desejar esse título. Acredito que é possível”, diz o atacante Luis Ricardo.
A inesperada derrota por 4 a 1 para o Sport, quarta-feira, que eliminou o time da Copa do Brasil, será, para Luxa, um incentivo extra na busca pelo título. “Esse resultado tem de nos influenciar positivamente, pois você cresce na derrota. Depois da derrota se constrói um grande campeão', filosofou o comandante.
Alex Mineiro, artilheiro do time na competição, com 12 gols, e que ainda sonha em se igualar ou ultrapassar Kléber Pereira no topo da tabela (tem 13), concordou com o treinador. 'Estou louco para que chegue logo o jogo e que possamos apagar a má impressão deixada contra o Sport com uma vitória e, consequentemente, o título. Estou até perdendo o sono por causa da artilharia, mas tenho certeza que, no finalzinho, tudo dará certo', apostou, acompanhado pelo pentacampeão Marcos, jogador mais experiente do elenco.
'Nada melhor uma decisão para esquecer esse jogo. Estive decepcionado pelo resultado, mas já passou para mim”, garantiu o camisa 12, que participou da campanha do último título estadual do clube, em 1996, mas na reserva de Velloso.
Além de tentar aproveitar alguma fragilidade alviverde, a Ponte Preta voltou a apostar no mistério para a decisão. Durante a semana, o técnico Sérgio Guedes fechou os treinos mais importantes e ainda insistiu nos testes com dois jogadores fundamentais: o zagueiro César e o meia-atacante Elias. Porém, ambos foram vetados pelo departamento médico.
O certo é que Macaca vai contar com a volta de outros dois jogadores que fizeram muita falta no jogo de ida: o lateral-direito Eduardo Arroz e o meia Renato. Contudo, existe uma grande expectativa para uma mudança de postura da equipe. “Na última partida, não imprimimos o ritmo de outras apresentações, acredito que esse foi o fator principal para o resultado negativo”, analisa Luis Ricardo.
No Palmeiras, a principal ausência é o meio-campista Léo Lima, ainda com uma lesão muscular. A novidade é a volta do volante Martinez, que ficou de fora do primeiro jogo da final, mas participou normalmente da eliminação alviverde na Copa do Brasil. O jogador teve seu julgamento no TJD postergado e deve formar o meio-campo ao lado de Pierre, Diego Souza e Valdívia.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS x PONTE PRETA
Local: Estádio do Parque Antártica, em São Paulo (SP)
Data: 04 de maio de 2008 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Cléber Wellington Abade
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Vicente Romano Neto
PALMEIRAS: Marcos; Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre, Martinez, Diego Souza e Valdívia; Alex Mineiro e Kléber
Técnico: Wanderley Luxemburgo.
PONTE PRETA: Aranha; Eduardo Arroz, João Paulo, Alexandre Black (Deda) e Vicente; Deda (Giuliano), Bilica, Ricardo Conceição e Renato; Luis Ricardo e Danilo Neco (Leandro)
Técnico: Sérgio Guedes
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