O meia Tinga fica no Palmeiras, pelo menos, até sexta-feira. Uma reunião entre o vice-presidente Roberto Frizzo e representantes do Grupo DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, terminou sem definições na tarde desta terça, e um novo encontro já está programado para o fim da semana com a presença do técnico Luiz Felipe Scolari, que está em Portugal e retorna nesta quarta. O camisa 17 está afastado do grupo desde o jogo contra o Atlético-PR, em razão da “guerra” entre o técnico e a DIS. O meia participou da reunião, emocionou-se, e pediu o prazo para pensar no seu futuro.
O encontro também contou com Jair Jussio, comandante das categorias de base do Palmeiras – a DIS tem 20 jogadores nas equipes menores. A princípio, a empresa deve manter a parceria, mas já sinaliza com uma mudança de postura caso Felipão mantenha sua oposição ao grupo. O técnico se mostra insatisfeito com o trabalho da DIS, alegando que a empresa tentou forçar a renovação de contrato do atacante Vinícius após a recusa de uma proposta do Udinese-ITA. Na semana que vem, as duas partes vão começar a discutir a prorrogação do vínculo do atacante.
- Não recebi proposta oficial nem sobre ele (Vinícius), nem sobre outro atleta. Há muita especulação – afirmou o vice-presidente Roberto Frizzo, à Rádio Globo.
Com contrato até a metade de 2015, Tinga já é descartado pela comissão técnica do Verdão. No entanto, a diretoria adota discurso mais conciliador e diz que não há guerra entre o clube e a DIS.
Apesar do adiamento da decisão, a permanência de Tinga no Palmeiras é considerada “muito difícil” tanto pela DIS, quanto pelo clube. Bastante chateado com o afastamento, o meia se sente vítima do fogo cruzado entre a empresa e Felipão. Querido pelo elenco, ele chegou a chorar nos últimos dias, segundo revelação do lateral-direito Cicinho.
- Ele estava bem chateado, chegou a chorar, mas é um cara que quer muito ficar no Palmeiras, gosta daqui. Ele me diz “Pô, Cicinho, só quero mostrar meu futebol, trabalhar...”. Ele é um menino muito bom e merece estar com a gente – apoiou o camisa 2.
Ainda não há propostas oficiais pelo meia, mas a tendência é que aguarde uma boa oferta para sair do Palmeiras. A DIS, que ainda tem R$ 800 mil a receber do clube em relação à transferência da Ponte Preta, adota discurso tão conciliador quanto o da diretoria.
- Seria bom para ele permanecer, porque muitas transferências acabam sujando um pouco o currículo. Mas a postura do Frizzo foi muito correta, vamos ter uma definição de tudo na sexta – afirmou Guilherme Miranda, sócio do grupo.
Com a volta de Felipão, a intenção é fazer com que técnico e jogador tenham uma conversa franca. Só depois disso é que o futuro de Tinga será selado – dentro ou fora do Palmeiras.
Gualberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário