Luan só tem mais quatro dias de contrato vigente com o Palmeiras, e o técnico Luiz Felipe Scolari já começa a imaginar a equipe sem seu jogador mais tático, aquele que se sacrifica na marcação para os outros terem liberdade no ataque. Nesta quarta-feira, por exemplo, o atacante foi reserva na vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense, em Florianópolis – Wellington Paulista jogou em seu lugar. O Verdão se prepara para perder Luan, e Luan já começa a imaginar que seu futuro será mesmo na França, de volta ao Toulouse, dono de seus direitos econômicos.
- A cada dia que passa fica mais difícil, né? Só faltam quatro, mas até domingo tenho esperança. Procurei ficar na minha, treinando e jogando, vamos ver no que vai dar. Pelo jeito, devo voltar para o Toulouse – afirmou Luan.
O Toulouse pede 3 milhões de euros (R$ 7 milhões) para liberar o atacante definitivamente. O Verdão ainda busca parceria com dois investidores para conseguir bancar o valor – um deles já estaria praticamente acertado. O vice-presidente Roberto Frizzo mantém a postura de só falar sobre o assunto quando ele já estiver resolvido, fato que preocupa Luan.
- Não cheguei a conversar com ninguém da diretoria, nem com o Felipão. Só vejo que eles me dão moral e falam bem, fico contente com isso. Mas falta pouco tempo e ainda não sei o que vai acontecer – comentou o atacante.
Depois de uma bela arrancada no Campeonato Brasileiro, com quatro gols marcados, Luan voltou a ser perseguido pela torcida depois de atuações apagadas. Já em clima de despedida, ele diz não guardar rancor de quem o criticou. Prefere guardar os bons momentos em um ano de Palmeiras. Indícios que preocupam – a saída está mesmo próxima.
- Fico preocupado é com a maioria da torcida, os que cornetam eu procuro deixar de lado. A maioria sempre me apoiou e deu força, quando vou ao shopping, ao restaurante, muita gente me pede para ficar. É por eles que eu jogo. Tive um ano muito legal, positivo, e, se sair mesmo, vou sair de cabeça erguida – assegurou.
Na saída do Orlando Scarpelli, em Florianópolis, Luan ouviu gritos de incentivo da torcida, que puxou o coro "Fica, Luan". Sem jeito, ele avisa:
- Vamos ver, vamos ver. Até domingo, a esperança existe.
Gualberto
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