O São Paulo realmente não ficou feliz com a decisão da Federação Paulista, que colocou o segundo jogo diante do Palmeiras para o Palestra Itália. Na noite desta quarta-feira, o clube divulgou uma nota oficial em seu site mostrando todo descontentamento.
Veja a revolta na íntegra:
''É com espanto, mas sobretudo com preocupação, que o São Paulo Futebol Clube recebe a decisão da Federação Paulista de Futebol pela realização da segunda partida das semifinais no estádio Palestra Itália. Tal escolha agride o bom senso e vem contrariar de maneira frontal todos os pareceres emitidos pelo Ministério Público, que vetou a arena por considerá-la inapta para a ocasião.
Mais do que isso, optou-se na última hora por colocar em risco a segurança dos torcedores e de parte da população da cidade que vive ou transita naquela região.
Pergunta-se: a quem interessa realizar uma partida de tal magnitude cercada de tantas temeridades? Anteontem (segunda-feira), o próprio presidente da Federação, Marco Polo Del Nero, descreveu o Palestra Itália como um "barril de pólvora".
A própria Sociedade Esportiva Palmeiras optara para que o jogo fosse transferido para uma cidade do interior do Estado de São Paulo, por ter consciência do risco de se jogar uma decisão no Palestra Itália, principalmente pela dificuldade de separar as duas torcidas no entorno do estádio o que colocará em risco até mesmo a integridade física dos militares que lá estarão para garantia da ordem, bastando relembrar os tristes acontecimentos de um jogo Santos e Palmeiras realizado em 4 de fevereiro de 2.007, o que motivou o Cel PM Comandante Izaul Segalla Júnior a solicitar a interdição do Palestra Itália pela impossibilidade de se manter a ordem naquele local em grandes espetáculos.
Pergunta-se novamente: o que foi feito nas últimas 48 horas para que a Federação marcasse o segundo jogo para o Palestra Itália, opção que fora abandonada desde o primeiro instante? O que mudou?
A direção do São Paulo quer, assim, deixar registrada formalmente sua não-concordância com essa decisão, feita de afogadilho e movida por interesses cuja compreensão nos escapa.
Uma coisa é certa: os interesses contemplados não são os da coletividade paulistana. Acataremos, com pesar e sob protestos, esta decisão da Federação Paulista, que, no entanto, ainda tem poder e tempo hábil para modificá-la.
De acordo com o artigo 73 do "Regulamento Geral das Competições" da CBF o São Paulo já disponibilizou 10% da capacidade de seu Estádio para a torcida palmeirense e exigirá a mesma proporcionalidade de ingressos para a sua torcida.''
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